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Papa Myzena

Nas legislativas será de vez

Junho 10, 2009

Não sei como se termina um blogue, mas sei quando um valeu a pena. Um como o Myzena. Valeu porque os objectivos foram conseguidos e também porque correu bem para apoiantes de um partido que se diz tão dividido. Foi um blogue bastante informal, que se desenrelou numa ordem bastante espontânea. A partir de agora, são as legislativas. Um desafio mais difícil e definitivo. Não apenas para os partidos e os seus líderes. Definitivo para o país. Para nós. É o nosso futuro que está em jogo, quando nos endividamos até à medula e o governo ainda nos pretende enterrar um pouco mais. Não há muito tempo, como sempre em Portugal. É tudo à pressa, muito à pressa, algo que não me agrada nada, que preparo tudo com a antecedência máxima. Mas não há outro remédio e vai ter de ser assim mesmo. Na verdade, as europeias também foram preparadas em cima do momento e correu tudo bem. Acima do esperado.

Julgo que o PSD está mais próximo das pessoas, conhece-as melhor e apresenta propostas mais realistas que as do governo do Eng. Sócrates. Pelo menos sabe quem cria emprego, conhece quem sabe investir e percebe que não deve estrangular os contribuintes. Parece que a ideologia voltou à política e, assim sendo, é agradável saber que há um partido que já não vê no Estado a salvação de todos os nossos problemas. Há que dar margem de manobra às pessoas. Deixá-las decidir as suas vidas, dar-lhes um pouco mais de liberdade individual. Acreditar um pouco mais nos Portugueses. Nas suas capacidades e na sua inteligência. Seria bom que o próximo governo, em vez de pedir confiança, dissesse que confiava.   


Não posso deixar de agradecer a todos os que aceitaram o repto de aqui escrever:

Afonso Azevedo Neves
Ana Margarida Craveiro
António Pinho Cardão
Duarte Calvão
João Gonçalves
João Villalobos
José Gomes André
Luís Rocha
Manuel Pinheiro
Maria Isabel Goulão
Maria João Marques
Nuno Gouveia
Paulo Tunhas
Rodrigo Adão Fonseca
Rui Oliveira
Vasco Campilho
 

O poder do agora

Junho 09, 2009

Tenho a sensação de ser o último a fechar a porta, sem saber sequer onde fica o interruptor da luz. Mas, antes de sair, gostava de dar um beijo de parabéns à Laurinda. Fez uma excelente campanha. Foi ela mesma, olhando e falando com cada pessoa, dedicando-lhes toda a atenção. E isso contou.

Gostava também de dizer, a quem se absteve neste acto eleitoral, que deveria ter votado em branco, ou nulo. Quanto mais não seja porque a tão vilipendiada democracia custou a ganhar. E quem votou em branco, ou nulo, deveria ter votado num partido qualquer à sua escolha. Porque não vivemos tempos de protesto, mas de afirmação. 

Gostava ainda de desejar boa sorte a Vital Moreira. Não duvido que se tenha envolvido nesta aventura, que não era manifestamente a sua, prejudicando a vida pessoal e os seus ganhos profissionais. Fez o que pôde e chegou até onde lhe foi permitido.

Gostava finalmente que os críticos e ácidos comentadores, que olharam para este blogue como um objecto programático, percebessem, realmente percebessem, que para além das motivações pessoais de cada um a base deste episódico encontro foi genuína: Há uma geração cansada de não ter uma palavra a dizer, enquanto o País lhe passa ao lado dirigido por quem tudo teve nas mãos e tudo desperdiçou. Da esquerda à direita.

Há uma geração saturada de visões de curto prazo e desperdício de recursos, materiais e humanos, que não se reconhece na abstenção como não se reconhece na mentira permanente em que tem vivido.

Nem sempre a realidade como ela é hoje satisfaz. Mas não é a realidade que se engana. Somos todos nós. O presente tem que deixar de surgir-nos como uma pálida ideia do que fomos e uma parte ínfima apenas do que poderíamos ser.

É no agora que vivemos e baixar os braços é errado. Tal como erguê-los, simplesmente para gritar contra "aqueles que mandam e são todos iguais", é um inútil desperdício de energia.

Na minha estrita opinião, este blogue não serviu para mais do que aquilo que quem o leu dele colheu. Se foi pouco ou muito, ignoro. Mas basta-me que tenha levado alguém a votar, fosse em quem fosse, para ter cumprido o  seu papel: Suscitar a acção mais elementar em democracia; A de confiar em quem se elege. Entregar, no presente, o nosso futuro a alguém que o respeite. Que, no caso concreto, tenha sido a alguém como Paulo Rangel, ou Carlos Coelho, é algo que só nos ficou bem. 

 

Missão Cumprida III

Junho 09, 2009

As reacções à criação deste blogue fizeram-me pensar, por alguns momentos, que havia integrado uma organização criminosa. Falaram-se de "amplos recursos", "propósitos subversivos" e coisas que tais. Muitas pessoas não perceberam - ou não quiseram perceber - que fomos movidos pelo interesse no debate de ideias, e pelo desejo em promover uma nova orientação política para Portugal. Os resultados deste Domingo mostraram que, afinal, não só não estávamos sozinhos, como a maioria do povo português partilhava da nossa convicção. Valeu a pena fazer parte deste esforço comum. Obrigado aos meus companheiros de blogue, aos nossos leitores e a todos os que por aqui passaram.

Missão Cumprida

Junho 08, 2009

Ontem, os objectivos deste blogue foram alcançados com a derrota do PS, do Eng. Sócrates e de Vital Moreira; com a vitória do PSD, de Paulo Rangel e de Manuela Ferreira Leite. O partido laranja tem agora fôlego para as legislativas que pode vencer. Foi feita em pedaços a ideia de que não havia alternativa a este governo, que teríamos de aguentar com ele por mais quatro anos. Agora que a verdade foi restabelecida, com as vaidades faraónicas e propagandistas descredibilizadas, vale a pena esperar por melhores dias.

A mensagem passou. De facto, já chega.
 

Um retrato

Junho 08, 2009

 

 

Muitos leitores [do Portugal dos Pequeninos] "queixam-se" da foto acima. Todavia ela, melhor do que outra qualquer, representa a imensa variedade de papagaios, lambe-botas, cúmplices esperados e inesperados, bloggers, "jornalistas", "comentadores" e assim sucessivamente que têm passado os últimos anos a apascentar e a acarinhar o absurdo regime absolutista de Sócrates. É evidente que o admirável líder ainda não deixou de ser admirável como a sua fenomenal máquina de propaganda se encarregará de demonstrar. A gente retratada na foto também. Dito isto, todas as esquerdas, à parte da não esquerda representada por Sócrates, cresceram. Até para a abstenção. E ao contrário do que a D. Teresa de Sousa, uma excelentíssima epígona disto tudo, insinua no Público, a Europa não perdeu com a vitória generalizada da Direita. A democracia é mesmo assim. Ninguém é obrigado a votar mas aqueles que votam, nem que sejam dois em três, ganham. Ou a D. Teresa e respectivos acólitos só apreciam a democracia quando lhes dá jeito ? O resto vem na foto.

Ainda há muito trabalho a fazer

Junho 08, 2009

A vitória do PSD nas europeias abriu o caminho para a mudança governativa em Portugal. O caminho aberto é estreito e difícil - basta olhar para os números para o perceber - mas existe. E o simples facto de existir muda tudo.

 

Sejamos claros: sem esta vitória nas europeias, esse caminho estaria fechado. Apesar de em democracia não haver vencedores antecipados - como esta campanha sobejamente demonstrou - tudo o que não fosse uma vitória do PSD neste acto eleitoral criaria uma expectativa de inevitabilidade de recondução da maioria socialista. Teríamos um debate surdo, inaudível, abafado pelo desalento e pela deserção cidadã em que o PS tanto apostou com a sua política da lama. Por isso era essencial ganhar. E por isso era essencial o PSD unir-se para ganhar.

 

Assim aconteceu. E a vitória a que assistimos ontem foi uma vitória de todo o PSD. Começando pelo candidato Paulo Rangel e pela líder do Partido que o escolheu, Manuela Ferreira Leite. E acabando em cada um dos militantes e simpatizantes que sairam à rua, que escreveram, que apoiaram, que encorajaram, e que votaram.

 

Todos juntos, oferecemos aos portugueses a possibilidade de ter um debate democrático aberto e equilibrado em torno das eleições legislativas. Cabe-nos agora oferecer-lhes a alternativa pela qual já mostraram ansiar. Com humildade, com determinação e com espírito de equipa, é tempo de arregaçar as mangas. Ainda há muito trabalho a fazer.

Socialistas grandes derrotados da noite

Junho 08, 2009

Ao contrário do que tem sido veiculado por algumas pessoas, não foram os governos que foram penalizados nestas eleições europeias. Quem saiu fortemente marginalizado pelos eleitores foram os vários  partidos socialistas, que perderam em toda a linha, mesmo em países onde são oposição, como na Itália, na França, ou na Holanda. Os partidos da direita venceram onde são governo ou oposição, como em Espanha, Portugal, Inglaterra. Apesar das excepções, não se diga que foram os governos saíram prejudicados. A derrota nestas eleições, que foram europeias, tem uma cara: o Partido Socialista Europeu.

Last post of the day

Junho 08, 2009

Os últimos dias de campanha adquiriram um tom muito diferente para mim, por razões familiares, os seus momentos finais, as arruadas (a que não faltava) e a noite em S.Caetano, passaram-me ao lado.

 

Talvez por isso também olhei com algum pessimismo estes últimos momentos e foi com alguma surpresa que verifiquei que o PS teve menos quase 10% do que se previa, tendo o PSD mantido os valores mais optimistas que lhe atribuiam as sondagens.

 

Rangel mereceu esta vitória tão necessária para o PSD.

 

Será este um momento de viragem? Porque não?

 

Gostaria de pensar que nesse esforço o papamyzena teve um papel, ainda que pequeno, na obtenção desta vitória.

 

Foi uma honra ter escrito ao lado de tão ilustre companhia.

Obrigado.

 

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