Quero o meu TGV já! (imaginem-me de punho estendido)
Maio 26, 2009
Não tenho entrado na tão interessante (para outros) discussão da política do cartaz, seja de quem for. Há coisas mais interessantes para objecto dos meus escritos. Os cartazes são redutores, uma simplificação, na minha opinião servem para pouco mais do que relembrar as pessoas da cara dos políticos e, na melhor das alternativas, para recordar pensamentos mais estruturados que já ouviram aos senhores da fotografia. Geralmente são de estética duvidosa (o que me diverti com as críticas aos cartazes de Manuela Ferreira Leite vindas das pessoas que se deixam embevecer com as bochechas descaídas de Mário Soares) e entediantes.
Mas esta tarde, cerca das quatro, passei por um fabuloso cartaz da JS que me ofereceu gargalhadas e ainda não parei de sorrir quando me recordo o que por lá li. É obrigatório partilhar. Ora dizia o cartaz, no meio de outras coisas, que votar no PS/Vital era garantir o (meu bold) "direito ao TGV"....... Já pararam de rir? Pois. Além de não se perceber porque só o PS garantiria o TGV (os outros eurodeputados vão votar contra os fundos comunitários? não consta), o que é hilariante é este "direito" ao TGV. A gente sabe que uma distinta jornalista do regime socrático já elevou a possibilidade de abortar a direito fundamental, mas pelos vistos agora no PS dos pequeninos também há reivindicação do direito a infra-estruturas ferroviárias, ao lado do direito à educação, de voto, de liberdade religiosa, etc. etc. Vamos, por momentos (muito breves) olvidar os custos do tal TGV e a avaliação da sua rentabilidade ou até necessidade. Vamos também, com hercúlea força de vontade, não questionar a sanidade de quem eleva o TGV a "direito". Eu, se fosse do PS, exigia a consagração constitucional do direito ao TGV já!. Sejam coerentes com os cartazes e proporcionem-me momentos de inesquecível risota. Muito agradecida.