É a nossa vez
Junho 05, 2009
Há uma enorme desilusão com a política. Uma sensação de fraude. A certeza de que estes quatro anos foram um desperdício de tempo. Uma legislatura mais preocupada em sacar rendimentos a quem trabalha, que a acabar com despesas inúteis. Mais preocupada em equilibrar as contas de um Estado esbanjador, que a permitir o livre uso dos rendimentos que os cidadãos adquirem com o seu esforço. Não se criou mais riqueza. Ao invés, tributou-se a existente. Trabalhámos mais e com maiores dificuldades para alimentar um monstro cada vez mais pesado e esmagador.
Estamos cansados.
Percebendo que os resultados eram magros, este governo encetou por uma política desesperada. Não bastava aumentar as receitas. Era preciso investir. E como os privados não o faziam porque o aumento dos lucros implicava mais impostos, o Estado tornou-se um empresário ainda mais activo. Tornou-se indispensável criar emprego de qualquer forma, de toda a maneira. Investimentos públicos babilónicos foram anunciados, pouco interessando ao PS que, com eles, estivessemos a hipotecar a vida dos nossos filhos e netos.
Desde a eleição de Manuela Ferreira Leite para a liderança do PSD que este partido tem chamado a atenção para estes problemas. Uma vitória da lista do PS ao Parlamento Europeu será aproveitada por José Sócrates como a prova de que não cometeu erros. A vitória do PSD é a oportunidade que temos para lhe dizer que está enganado. Que errou, que nos prejudicou, que estamos mais pobres, que vivemos com mais dificuldades e que não é possível continuar desta forma.
Descemos tão baixo, que Portugal precisa hoje de um pouco de decência. O voto no PSD, na equipa escolhida por Manuela Ferreira Leite, é a nossa vez e a única forma que temos de contribuir para o seu restabelecimento.