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Papa Myzena

Breve história de um orçamento de um governo auto-iludido

Maio 16, 2009

« Durante oito meses, o ministro das Finanças evitou o confronto com a realidade.
Apresentou um orçamento tirado das páginas das "Mil e Uma Noites": o produto interno bruto (PIB) ia crescer 0,6%, afinal vai cair 3,4%; a procura externa ia crescer 1,5%, afinal cairá para os 11,6%.
Teixeira dos Santos não pode dizer que, em Outubro de 2008, não era possível prever a dimensão da crise mundial. Não é verdade. O orçamento foi apresentado aos deputados um mês depois da falência do banco Lehman Brothers e um ano e meio depois de ter rebentado a crise das hipotecas-lixo na América.
O ministro das Finanças pode dizer-nos que os seus cálculos não eram mentira, revelavam apenas amor pelo país: reflectiam a urgência de insuflar as frágeis expectativas dos portugueses.
A justificação é fraca. »

André Macedo no i online.

 

Convém referir que depois do tal orçamento apresentado um mês depois da falência da Lehman Brothers já houve outro orçamento rectificativo - ao qual o governo chamou suplementar para disfarçar a barraca - e que foi tão irrealista como o primeiro.

 

Já que estamos no i, podemos também ler esta peça sobre a dívida já existente para as gerações futuras. E depois digam-me lá se não é o momento ideal para gastarmos dinheiro em obras públicas titânicas (e o adjectivo foi escolhido pela referência ao tamanho e ainda pela alusão a um certo barco titânico que não chegou a bom porto) que serão pagas também pelas próximas gerações. Aliás, nem entendo por que vai o governo parar em aeroportos, TGVs, Alcântaras; porque não voltarmos à nossa vocação colonialista e comprarmos algum pequeno país de ilhas no Pacífico Sul? Ou financiarmos a 100% a próxima expedição espacial a Marte - já viram o prestígio que isso traria ao nosso plano tecnológico? Enfim, ideias que ficam à consideração do governo.

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